Homenagem a Manuel Serpa, o "Comendador do Povo"
Manuel Serpa, natural da ilha do Pico, é um museu vivo. Passou a vida inteira a promover, a afirmar, a ampliar e a mediatizar a imagem cultural e patrimonial da ilha do Pico no contexto dos Açores e do País.
Formado em teologia, exerceu funções eclesiásticas durante 12 anos, foi professor ao longo de três décadas e foi deputado na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, de 1984 até 2000.
Confessa-se um apaixonado pela ilha do Pico. Um homem comprometido com o território e a comunidade, destacando-se como um dos seus mais notáveis impulsionadores sociais e culturais.
Tem sido, ao longo da sua vida, uma espécie de dínamo da cultura local. Colaborou com inúmeras organizações, sociedades e coletividades. Apoiou centenas de eventos sociais e culturais, na sua ilha, nos Açores, no País e na Diáspora Açoriana.
Ele simboliza a cultura viva, que se opõe a uma visão estática, conservadora, académica, livresca e elitista de cultura.
É essa obra de incondicional e apaixonada relação com a ilha, a sua história, as suas memórias e as suas gentes, que quisemos revisitar e celebrar a partir de Manuel Serpa. Como entidade patrimonial e museológica regional, devemos-lhe muito.
Com esta singela homenagem pública, o Museu do Pico pretendeu reconhecer o trabalho fraterno, solidário e humanista que desenvolveu ao longo da vida, ao serviço do progresso social e cultural da sua terra e da sua Região.