Museu do Pico apresenta a exposição de pintura "A Ponta do Pico", de Margarida de Bem Madruga
O Museu do Pico apresenta ao público, no próximo dia 19 de Agosto, pelas 21h30, no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, a exposição de pintura "A Ponta do Pico", de Margarida de Bem Madruga.
Margarida Madruga nasceu a 11 de Novembro de 1945, na freguesia de São João, nas Lajes do Pico. De 1966 a 1972, em Lisboa, fez banda desenhada. Terminou o curso de Arquitetura em 1972, trabalhando, exclusivamente como arquiteta, até 1994, quando retomou a pintura, a sua grande paixão. De reconhecido talento, já expôs nos Açores, Continente e Galiza.
Esta exposição representa um conjunto de telas pintadas a óleo, tendo como referência única a Montanha do Pico. Nas palavras de Victor Rui Dores:
Margarida de Bem Madruga cobriu a montanha do Pico de mantas, tintas e poesia.
A imponência da montanha é, diariamente, objeto de fruição estética. Nosso barómetro de todos os dias, a sua altitude máxima é de 2.351 metros de lava, mistério e maravilha, constituindo o ponto mais alto de Portugal. Nos flancos deste santuário ocorreram inúmeras erupções predominantemente efusivas. Ténues fumos brancos, visíveis na ponta do Pico, atestam que o vulcão não cessou ainda completamente a sua atividade.
A não menos vulcânica Margarida, arquiteta reformada e pintora no ativo, lança, nesta exposição, olhares sobre esta montanha que nunca apresenta duas vezes o mesmo aspeto, pois que a luz que a enforma está sempre em constante mutação.
A pintura é uma arte generosa, sabe-se. E, em Margarida Madruga, a arte é já o domínio da técnica. Com arte e com técnica, e recorrendo a tinta de esmalte acrílico sobre tela, a pintora abre a cortina do assombro e recria, reconstrói e reinventa a montanha do Pico através de múltiplas abrangências: novos ângulos, diferentes enquadramentos e outros modos de olhar.
Nesta exposição colhemos todos os efeitos de luz da colossal montanha, que agora está violeta, logo está cor de fogo. Mas também pode cobrir-se de negro e cinzento. Ou amanhecer em neve. Ou desfalecer em roxo, com a lua enorme a nascer por trás daquela nuvem surrealista…
Tal como o pico do Pico que coroa e/ou fura as nuvens, esta exposição de Margarida atrai e encanta e fascina realmente o olhar.
A exposição poderá ser visitada no horário regular de funcionamento do Museu (de terça-feira a domingo - 10h-17h30), até dia 5 de Novembro.